Olhos voltados para a educação, corações unidos pela paz e ritos tradicionais da Quarta-Feira de Cinzas, nas igrejas católicas. Começa hoje no país a Campanha da Fraternidade 2022 (CF-2022), com o foco num dos pilares mais importantes da sociedade, seguindo o lema bíblico, extraído de Provérbios 31,26, “Fala com sabedoria, ensina com amor”.
Em tempos de guerra na Europa, há um pedido muito especial do Papa Francisco para este primeiro dia da quaresma. Ao falar, com tristeza, sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, ele convocou um dia de jejum e oração pela paz. “Mais uma vez, a paz de todos está ameaçada por interesses de parte”, lamentou o sumo pontífice.
Junto aos pedidos de orações pela paz, nas igrejas da capital e interior de Minas haverá o momento de imposição das cinzas, durante as missas, quando o celebrante faz a cruz na cabeça do católico. A Arquidiocese de BH explica que a Quarta-Feira de Cinzas marca o início da quaresma e de preparação para a Semana Santa, “tempo de conversão, silêncio, oração, penitência e caridade”.
Com a imposição das cinzas, começa um período propício para a interioridade dos cristãos que desejam se preparar para viver o mistério Pascal – a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Assim, as cinzas, “símbolo da fragilidade e pequenez humana, significam um apelo à conversão”.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se manifestou sobre a situação na Europa: “A guerra é expressão máxima do ódio, independentemente das dimensões do conflito. A invasão da Rússia à Ucrânia é sinal do fracasso humano na construção da paz. Uma inaceitável ofensiva bélica que somente gera morte e destruição. Nossa oração e nossa fé nos mantêm firmes no compromisso com a paz”.
Ação e reflexão
Pela terceira vez, a Campanha da Fraternidade da CNBB aborda a educação. O tema já foi objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998. Conforme o texto-base, “a realidade de nossos dias fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da COVID-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”.
Fonte: Estado de Minas