Uma mulher de 37 anos, identificada como Renata Mara Rodrigues, foi indiciada pela Polícia Civil por suspeita de fingir ter câncer com o objetivo de arrecadar dinheiro. O caso ocorreu em Divinópolis (MG). Segundo as investigações, ela teria conseguido levantar aproximadamente R$ 60 mil por meio de rifas, vaquinhas virtuais, eventos beneficentes e doações em geral.
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Renata, que trabalha como feirante, vai responder pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Adriene Lopes, o golpe foi aplicado ao longo de pelo menos um ano. Um dos eventos mais marcantes aconteceu em 2023: a “Queima do Alho Beneficente em prol de Renata”, divulgada em uma plataforma online. A festa, bastante conhecida na região, contou com shows, venda de comidas e bebidas, e é tradicionalmente realizada com o intuito de arrecadar fundos para instituições e causas sociais.
A investigação foi iniciada após uma denúncia anônima e concluída na segunda-feira (30). A partir das informações recebidas, a polícia começou a apurar se Renata realmente sofria de uma doença grave, como alegava, o que a teria levado a mobilizar a comunidade em campanhas para arrecadação de recursos financeiros. A suspeita promovia rifas, vaquinhas e eventos beneficentes com esse propósito.
Durante a apuração, a Polícia Civil reuniu documentos médicos, contratos de plano de saúde e exames apresentados pela própria investigada. Todo o material foi analisado por médicos legistas, que concluíram que Renata não possuía nenhuma enfermidade compatível com o diagnóstico alegado. Com base nessa constatação, a polícia confirmou que se tratava de uma fraude.
Além das doações em dinheiro, a investigação revelou que a mulher também contraiu empréstimos em nome de terceiros, entre eles seu ex-companheiro e outras pessoas próximas.
A delegada Adriene Lopes reforçou a importância da cautela em campanhas de arrecadação. Segundo ela, embora a solidariedade mova muitas pessoas, é essencial verificar a veracidade das causas apoiadas, já que, ao ajudar um golpista, alguém pode estar deixando de ajudar quem realmente precisa.
