Cada vez mais utilizado pelos brasileiros, o Pix completa 3 anos de criação nesta quinta-feira (16) com 153 milhões de usuários cadastrados. A ferramenta que permite transferências bancárias gratuitas caiu no gosto da população. Praticamente qualquer produto ou serviço pode ser pago com o Pix no país. Em quase todo lugar, os estabelecimentos já aceitam essa forma de pagamento.
“O Pix tornou as transferências bancárias gratuitas e isso estimulou a bancarização da população de baixa renda. Essa população que entrou no sistema bancário pode ter acesso de alguma maneira a crédito. Neste sentido, a introdução do Pix cumpre dois papéis. Primeiro, barateia para o público em geral as operações bancárias. E em segundo lugar, populariza a bancarização, facilitando o consumo”, afirma Mauro Rochlin, economista e coordenador do MBA de Gestão Estratégica e Econômica de Negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Anos atrás, as transferências de dinheiro entre pessoas físicas eram cobradas, principalmente se o valor fosse enviado de um banco para outro diferente.
“Os bancos tinham, nos sistemas de transferência, principalmente no TED e no DOC, fontes importantes de receita, muito importantes. E com a introdução do Pix, claro que esses meios de transferência deixaram de ser utilizados como eram anteriormente e houve uma perda importante de receita para os bancos”, ressalta Rochlin.
E essa maior facilidade em transferir dinheiro pelo Pix também provocou uma situação nova no país: a diminuição da circulação do dinheiro físico. A necessidade de ter notas ou moedas é muito pequena, pois qualquer valor pode ser transferido em segundos pelo aplicativo do banco, sem custos.
“O ponto crucial da diminuição de circulação de dinheiro físico é a possibilidade de rastreamento das transações, podendo levar à diminuição da informalidade. Há também a redução de custos relacionados à fabricação do dinheiro vivo. Por fim, pode-se dizer que o sistema financeiro se torna mais eficiente com a possibilidade de maior rastreabilidade”, analisa Cristiano Maschio, CEO da Qesh, empresa de serviços financeiros digitais.
Dicas para não cair em golpes com Pix
- Antes de transferir ou pagar, verifique a identidade de quem está solicitando o Pix. Se desconfiar da mensagem, não conclua a operação. Principalmente em casos de amigos que estão em suposta dificuldade financeira;
- Os aplicativos estão cada vez mais simples de usar e os usuários, mais desatentos, por isso, preste bastante atenção antes de clicar para confirmar uma operação e confira todos os dados;
- Ainda não está acostumado a fazer Pix? A dica aqui é fazer testes com amigos e familiares que já utilizam a tecnologia para treinar as etapas. Nesse caso, vale pedir o dinheiro de volta, pois o processo não envolve nenhum custo para quem envia e recebe.
- Não clique em links recebidos por e-mail, mensagens de SMS, WhatsApp ou redes sociais que direcionam a cadastros de chaves Pix;
- Cadastre suas chaves Pix no canal oficial do seu banco ou fintech. Você pode usar seu número de CPF, de telefone, e-mail ou outro número aleatório para criar as chaves;
- A confirmação da criação da chave Pix nunca vem por ligação ou link. Após o cadastro, o BC envia o código por SMS ou e-mail, apenas.
- Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar por chamada telefônica ou pessoalmente. Lembre-se que o WhatsApp do solicitante pode estar clonado.
Fonte: Serasa
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