Na manhã desta sexta-feira (25), a Polícia Federal desencadeou a segunda fase da Operação “Conexão Sul de Minas”, com o cumprimento de 15 mandados de prisão contra integrantes de organizações criminosas que atuam no Sul de Minas Gerais e no interior de São Paulo.
Participe do Canal Portal Onda Sul no WhatsApp
A ação, autorizada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Alfenas (MG), resultou na execução de sete prisões preventivas e oito temporárias. As diligências ocorreram em três municípios mineiros: 10 pessoas foram presas em Alfenas, 3 em Varginha e 2 em Poços de Caldas. Também foram realizadas buscas com o objetivo de apreender bens e bloquear patrimônios dos investigados, embora até o momento a PF não tenha registrado apreensões nesta fase.
Esta etapa da operação dá continuidade ao trabalho iniciado em 26 de junho, quando a primeira fase desmontou um esquema criminoso envolvido com tráfico de drogas e armas, roubos, lavagem de dinheiro e outros delitos. Na ocasião, foram identificadas movimentações financeiras que somam cerca de R$ 50 milhões.
Na primeira fase, 33 pessoas foram presas por integrarem duas facções com forte presença em cidades do Sul de Minas e em municípios do interior paulista. A PF também apreendeu um vasto material: 164 veículos — entre carros de luxo, caminhões e motos aquáticas —, oito armas de fogo, 405 munições de diferentes calibres, quatro tabletes de cocaína, R$ 235 mil em espécie, além de 44 itens de valor, como joias. Também foram realizados bloqueios de imóveis e contas bancárias dos suspeitos.
As investigações apontam que os grupos estão envolvidos com tráfico de drogas e armas, extorsão, lavagem de dinheiro, receptação, roubos a banco, furtos qualificados e adulteração de veículos. Segundo a PF, os criminosos utilizavam a comercialização de veículos como fachada para legalizar recursos obtidos de forma ilícita.
O trabalho de investigação durou cerca de um ano. Na primeira fase, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em sete cidades: Alfenas (15), Andradas (3), Campestre (5), Mogi Guaçu (4), Poços de Caldas (47), Ribeirão Preto (4) e São João da Boa Vista (2).
Além das prisões e apreensões, a PF coletou amostras de DNA de quatro suspeitos para inserção no banco nacional de perfis genéticos do Ministério da Justiça. O objetivo é cruzar os dados com investigações em andamento, especialmente relacionadas a crimes como ataques a instituições financeiras.
Fonte: Jornal Folha Regional
