Um trabalhador rural foi resgatado pelo Ministério do Trabalho e Emprego após 40 anos de trabalho análogo a escravidão na cidade de Machado. Segundo a Auditoria Fiscal do Trabalho, o homem nunca teve seus direitos trabalhistas reconhecidos apesar de ter criado vínculos afetivos com a família do empregador original, que já faleceu.
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Durante o resgate do homem, os fiscais encontraram diversas irregularidades habitacionais, entre elas: problemas estruturais e sanitários, sem acesso a água potável e saneamento básico, o que representava um grande risco à saúde do homem.
O homem também não tinha nenhum apoio familiar e é analfabeto. A fiscalização em Machado e na região de Campestre, fazem parte de uma grande operação do TEM, que conseguiu resgatar apenas na primeira semana de agosto, 59 trabalhadores em condições análogas a escravidão nas zonas rurais de Minas Gerais.
Auditores identificaram diversas irregularidades nas propriedades fiscalizadas, incluindo ausência de locais adequados para refeição e descanso, falta de equipamentos de proteção individual, alojamentos precários e inexistência de materiais de primeiros socorros, reforçando a gravidade da situação enfrentada pelo trabalhador de Machado.
