O Governo de Minas Gerais anunciou, nesta terça-feira (28/10), em Belo Horizonte, que o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a disponibilizar gratuitamente o teste genético para identificação de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, associados aos cânceres de mama e de ovário hereditários.
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O programa foi apresentado pelo vice-governador Mateus Simões e pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, e representa um avanço significativo na prevenção e diagnóstico precoce dessas doenças. O Estado investirá R$ 9,8 milhões por ano na iniciativa, com previsão de realizar 2 mil testes anuais, além do custeio de procedimentos complementares para acompanhamento das pacientes.
Segundo o vice-governador, o exame — feito a partir de amostra de sangue ou saliva — permitirá diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes. “O teste identifica o risco real de desenvolvimento da doença e muda completamente o acompanhamento das mulheres com predisposição genética”, explicou Simões.
O serviço atenderá mulheres com histórico pessoal ou familiar de câncer de mama ou de ovário, consideradas de alto risco genético, conforme critérios da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O programa será realizado em convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), responsável pela execução dos exames e capacitação de profissionais de saúde. A previsão é que os testes comecem no início de 2026.
Ampliação da mamografia e novos investimentos
Durante o anúncio, o governo também confirmou a ampliação da faixa etária para realização de mamografias pelo SUS, que agora atenderá mulheres de 40 a 74 anos, com exames a cada dois anos. Antes, o serviço era restrito à faixa entre 50 e 69 anos.
Outra medida destacada foi o repasse de R$ 15 milhões ao Instituto Mário Pena, em Belo Horizonte, para que a unidade oncológica do Hospital Luxemburgo passe a atender 100% dos pacientes do SUS.
Cenário do câncer em Minas Gerais
De acordo com dados da SES-MG, o estado registrou 6.907 novos casos de câncer de mama em 2024 e 2.767 em 2025, com 2.970 mortes contabilizadas nos dois anos.
Para fortalecer o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento, o governo lançou o programa Cuidar na Hora Certa, que investe R$ 24,4 milhões por ano na ampliação de mamografias, redução do tempo de espera para biópsias e integração dos serviços de oncologia em todo o estado.
Atualmente, Minas Gerais conta com 32 hospitais habilitados como Unacon, quatro Cacons e um hospital com cirurgia oncológica de alta complexidade.
Fonte/Jornal Folha Regional

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