A indústria brasileira de pescados enfrenta uma crise sem precedentes após a imposição de uma tarifa de 50% sobre os produtos exportados para os Estados Unidos. Sem conseguir redirecionar os embarques a tempo e com cerca de R$ 300 milhões em mercadorias paradas em portos, navios e unidades industriais, o setor recorreu ao governo federal em busca de socorro.
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Empresários e representantes da cadeia produtiva solicitaram a criação de uma linha emergencial de crédito no valor de R$ 900 milhões. A proposta prevê seis meses de carência e prazo de 24 meses para pagamento. O objetivo é garantir capital de giro às empresas e minimizar os impactos imediatos da medida imposta pelo governo norte-americano.
Segundo fontes do setor, a tarifa afetou diretamente os principais mercados de exportação, deixando cargas sem destino e comprometendo o fluxo de caixa das empresas. Os exportadores ainda não conseguiram encontrar alternativas comerciais capazes de substituir o volume anteriormente destinado aos Estados Unidos, que até então era um dos principais destinos do pescado brasileiro.
“É uma situação urgente. Sem essa linha de crédito, muitas empresas podem ser forçadas a interromper as atividades ou demitir funcionários”, afirmou um representante do setor, sob condição de anonimato.
A solicitação já foi encaminhada aos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, e aguarda análise técnica. A expectativa é de que o governo anuncie, nos próximos dias, medidas emergenciais para evitar o colapso de um setor que movimenta bilhões de reais e gera milhares de empregos diretos e indiretos no país.
Enquanto isso, a produção segue comprometida e o acúmulo de cargas aumenta a pressão sobre os exportadores. “O impacto não é só econômico, mas logístico e social. Precisamos de uma resposta rápida”, alertou outro empresário do ramo.
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