Neste sábado, 15 de novembro, o Brasil comemora o Dia da Proclamação da República, feriado nacional que marca o rompimento oficial com a monarquia e a instauração do regime republicano em 1889. A data remete ao momento em que o marechal Deodoro da Fonseca, então líder militar respeitado, depôs o imperador Dom Pedro II no Rio de Janeiro e assumiu a chefia de um governo provisório. O ato encerrou o Segundo Reinado e abriu o caminho para a organização política que vigora até hoje, baseada em um Estado laico, separado da Igreja, e estruturado em poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
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A Proclamação, embora muitas vezes apresentada como uma mudança popular, foi, na realidade, um movimento de caráter essencialmente militar, apoiado por setores do Exército insatisfeitos com o Império e por grupos civis que defendiam a modernização política do país. A abolição da escravidão no ano anterior, sem indenização aos grandes proprietários, também contribuiu para desgastar a monarquia entre as elites agrárias. Assim, no final da manhã de 15 de novembro, a República foi oficialmente anunciada e o império brasileiro chegou ao fim.
Minas Gerais, embora não tenha sido o centro da ação no dia da Proclamação, teve papel fundamental na fase posterior, especialmente na consolidação da República. O estado tornou-se um dos principais eixos políticos da Primeira República, dando origem à chamada “política do café com leite”, um revezamento informal de poder entre presidentes paulistas e mineiros. Minas também foi o berço de figuras centrais da República Velha, como Afonso Pena e Artur Bernardes, que chegaram à presidência e influenciaram diretamente os rumos nacionais.
Uma curiosidade pouco lembrada é que, anos antes da Proclamação, movimentos de inspiração republicana já se articulavam em território mineiro. Em cidades como Ouro Preto e Mariana, grupos estudantis e intelectuais influenciados por ideias positivistas discutiam abertamente o fim da monarquia. Além disso, o famoso quadro “Proclamação da República”, de Benedito Calixto, que hoje ilustra livros escolares e museus, foi financiado com apoio de mineiros ligados ao movimento republicano.
Neste sábado de feriado nacional, o Brasil celebra não apenas a data histórica, mas o legado que ela deixou. O 15 de novembro é um convite para revisitar os caminhos que levaram à formação da República e para refletir sobre como o país evoluiu, enfrentou crises, ampliou direitos e mantém, até hoje, o desafio contínuo de fortalecer as instituições democráticas. Se desejar, posso incluir também uma linha do tempo da Proclamação da República ou acrescentar outras curiosidades históricas.

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