No dia 3 de abril de 2025, há uma semana, o Carmelo São José, em Passos, celebrou seus 74 anos de fundação. Na época, uma solenidade especial presidida pelo bispo diocesano, dom Hugo Bressame de Araújo, acompanhado por monsenhor Messias Bragança, marcou o que seria o primeiro convento na cidade e uma significativa trajetória de fé e dedicação à vida contemplativa, que começou em 1951, quando a madre Maria Nazareth do Menino Jesus e suas carmelitas chegaram à cidade em um voo da Real.
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A criação do Carmelo em Passos foi um marco importante para a Diocese, que obteve a aprovação do Vaticano para a fundação do primeiro mosteiro de freiras enclausuradas da região. A colaboração da benemérita Lucila Pádua de Mello e Souza foi fundamental para a concretização deste sonho religioso, que se tornou um refúgio de oração e espiritualidade.
Originária do Carmelo de Santa Teresinha, que inicialmente estava em Mogi das Cruzes e posteriormente transferido para Aparecida, São Paulo, a madre Maria Nazareth trouxe consigo uma tradição de devoção que ainda perdura no Carmelo São José. Conhecido oficialmente como Ordem da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, o mosteiro abriga atualmente 16 irmãs que se dedicam à vida contemplativa.
A atual priora, Irmã Maria Wilza da Santíssima Trindade, de 65 anos e 46 de vida religiosa, destacou a importância do legado espiritual que o Carmelo representa para a comunidade local. Ela também mencionou que a quantidade exata de religiosas que passaram pelo Carmelo São José desde a sua fundação é difícil de quantificar, pois muitas não perseveraram na vida religiosa. “Temos tudo anotado no diário da nossa comunidade, mas demanda tempo para fazer o levantamento”, justificou a irmã Elizabeth.
Em um gesto de generosidade e solidariedade, em 2006, dez carmelitanas deixaram o convento de Passos para auxiliar na fundação do Carmelo de Trindade (GO), onde está o santuário do Divino Pai Eterno, fortalecendo assim a presença da Ordem na região. “A celebração dos 74 anos do Carmelo São José reafirma o compromisso das irmãs com a oração e a contemplação, continuando a história de fé que começou há mais de sete décadas, e deixa uma mensagem de esperança e devoção à comunidade que as acolhe”, comemorou a irmã Maria Wilza.
Fonte: Observo
