Comemorado em 1º de setembro, o Dia do Profissional de Educação Física celebra a atuação de milhares de profissionais responsáveis por promover saúde, bem-estar e qualidade de vida por meio do movimento. A data marca a regulamentação da profissão no país, estabelecida pela Lei Federal nº 9.696/98, e reforça a importância desses especialistas, que vão muito além das academias e quadras esportivas.
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Hoje, mais do que prescrever exercícios, o profissional de educação física atua como agente de transformação. Acompanhando pessoas de todas as idades, ele trabalha na prevenção de doenças, no combate ao sedentarismo e na melhoria da saúde física e mental da população. Com uma formação que inclui disciplinas como fisiologia, biomecânica, anatomia e psicomotricidade, esses profissionais são fundamentais tanto em contextos esportivos quanto em iniciativas de saúde pública.
Em um momento em que o cuidado com o corpo e o estilo de vida saudável têm ganhado força no Brasil, a atuação desses profissionais se torna ainda mais essencial. Dados recentes do Datafolha (2024) apontam que 53% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam praticar atividade física com regularidade. No entanto, o contraste é marcante: cerca de 60% da população ainda está inativa, de acordo com pesquisas nacionais. Entre os idosos, o índice de sedentarismo chega a 70%.
Esse cenário revela uma preocupação crescente, mas também grandes desafios. O Brasil lidera o índice de sedentarismo na América Latina, conforme estudo da Organização Mundial da Saúde, com 47% dos adultos não praticando o mínimo de atividade física recomendada — 150 minutos semanais. Essa inatividade está diretamente relacionada ao aumento de doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares.
Por outro lado, há sinais positivos. Entre 2016 e 2019, a proporção de brasileiros ativos subiu de 35,6% para 38,9%, e novas estimativas de 2023 indicam que esse número chegou a 40%. Esse crescimento é reflexo de maior conscientização sobre os benefícios da atividade física, além da ampliação de espaços públicos como parques, ciclovias e academias populares.
Mas, para que essa evolução seja sustentável, o acompanhamento profissional é indispensável. A presença de um educador físico qualificado evita lesões, melhora a performance e personaliza os treinos de acordo com as necessidades e limitações de cada indivíduo. Isso vale para quem quer melhorar o condicionamento físico, para quem busca reabilitação após cirurgias ou até mesmo para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
Além do ambiente acadêmico e esportivo, esses profissionais têm ampliado sua atuação em hospitais, centros de reabilitação, empresas e programas públicos de saúde. Muitos deles também participam de pesquisas científicas sobre movimento humano e saúde preventiva.
Neste 1º de setembro, mais do que celebrar a profissão, o momento é de reconhecer o papel estratégico que os profissionais de educação física desempenham em uma sociedade que ainda enfrenta altos índices de sedentarismo. Eles são aliados na promoção de uma vida mais ativa, saudável e equilibrada — algo que, cada vez mais, deixa de ser uma tendência para se tornar uma necessidade.
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