O tráfico de entorpecentes continua sendo o principal crime cometido por adolescentes em Passos, com 41,61% das 137 ocorrências registradas entre janeiro e setembro deste ano envolvendo menores de idade. De acordo com o comandante da 77ª Companhia de Polícia Militar, capitão Diogo da Silva Rosa, foram apreendidos 57 menores nesse período, além de 80 prisões de pessoas maiores de 18 anos.
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Comparado ao ano anterior, que totalizou 124 ocorrências de tráfico de drogas durante todo o ano de 2023, o número de apreensões de menores já superou os dados passados, com 13 casos a mais até setembro de 2024. Segundo o capitão, esse aumento está relacionado à diminuição de outros crimes na cidade, como os roubos, permitindo à Polícia Militar focar mais na repressão ao tráfico de drogas.
“Nós temos mais condições de dar atenção a outros crimes, como o tráfico, principalmente, por conta da redução do número de roubos, que é um tipo de ocorrência que geralmente damos mais atenção, por conta do dano material e psicológico gerado à vítima”, diz o capitão.
“É semelhante ao hospital, que tem diferentes níveis de emergência para atendimento dos pacientes. Por conta da redução dos roubos, a viatura tem mais tempo disponível para atender outras ocorrências. Então, se você comparar o número de outros crimes cometidos em 2023, houve redução em 2024, e, por isso, houve aumento no número de prisões por tráfico” explica o comandante.
Até setembro deste ano, a média mensal de ocorrências de tráfico com participação de menores foi de 6,3, quase o dobro em relação a 2023, quando a média foi de 3,8 por mês. Se essa tendência se mantiver, o capitão prevê que 2024 encerrará com cerca de 75 apreensões de menores envolvidos com o tráfico.
Quando apreendidos, os menores são encaminhados à delegacia da Polícia Civil, e o delegado decide sobre o flagrante. Se confirmado, o adolescente fica à disposição do Poder Judiciário e pode ser encaminhado ao Centro Socioeducativo, com tempo de reclusão variando de um dia a até três anos, dependendo da gravidade do caso.
Para o capitão, o combate ao envolvimento de menores no tráfico exige a colaboração de várias instituições.
Fonte: Clic Folha – Folha da Manhã
