Aos 35 anos, Mariana Avelar Diniz acompanha pela terceira vez um caso de câncer na família. Após perder o pai e a mãe para a doença, hoje ela luta pelo tratamento da filha, de 11 anos, diagnosticada com um tumor raro no córtex da glândula suprarrenal há 6 anos. Nas redes sociais, a moradora de Santo Antônio do Amparo (MG) mobiliza uma campanha para conseguir dinheiro para auxiliar no tratamento da menina.
A mãe e o pai de Mariana faleceram em 2006 e 2014, respectivamente, de câncer. Poucos anos depois, em 2016, ela recebeu o diagnóstico de que a filha, de 5 anos, estava com a mesma doença. Hoje, aos 11 anos, Caroline já retirou o tumor, mas precisa de medicamentos diários para tratar a insuficiência na glândula suprarrenal.
”Foi terrível. A gente já tinha a experiência horrível com meu pai e minha mãe e ambos tinham falecido. Então foi uma experiência muito ruim. Tirou o nosso chão. Eu pensei que ela não sobreviveria. Foi algo que me deixou com muito medo. Foi assustador”.
A suspeita de que havia algo diferente com a menina surgiu após o aparecimento de pelos pubianos, cheiro forte nas axilas, além de acnes e cravos no rosto da criança. Foi por meio de um ultrassom que a mãe descobriu que a filha estava com um câncer raro no córtex da glândula suprarrenal com apenas 5 anos de idade.
“Não foi rápido o diagnóstico. Quando descobriu a massa já estava um pouco grande, do tamanho de uma laranja. A gente demorou um pouco por causa dessa falta de informações. Tinha essa característica de puberdade precoce, mas que a gente não tinha noção do que poderia ser. A gente pensou que poderia ser algo hormonal”, contou Mariana.
Após o diagnóstico, Caroline retirou o tumor e começou o tratamento contra o câncer. A quimioterapia teve início meses após a retirada do tumor em 2016 e terminou um ano depois. O tratamento, que teve início em São Paulo, foi concluído em Belo Horizonte.