O empreendedorismo segue crescendo em Minas Gerais e, no Sul do Estado, o cenário não é diferente. De janeiro a agosto de 2025, o estado registrou 79.282 novas empresas, um aumento de 20,26% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg). Isso representa uma média de 274 novos negócios por dia.
Só no mês de agosto, foram abertas 9.534 empresas em todo o estado — alta de 9,44% em comparação a agosto de 2024. O Sul de Minas teve um papel importante nesse crescimento, com um aumento de 9,75% no número de novos empreendimentos no mês, ficando entre as regiões mais ativas economicamente.
A maioria das novas empresas está no setor de serviços, seguido pelo comércio e indústria. Cidades como Divinópolis, Varginha, Pouso Alegre e Poços de Caldas estão entre os destaques da região.
Apesar do bom momento, o número de encerramentos também aumentou: foram 60.053 empresas fechadas em 2025, crescimento de 46% em relação ao ano anterior. Os dados não incluem MEIs, que são registrados separadamente no portal do Governo Federal.
Limite do MEI pode mudar, mas ainda não foi aprovado
Enquanto o número de empresas cresce, muitos microempreendedores individuais (MEIs) seguem na expectativa de um aumento no limite de faturamento da categoria.
Atualmente, o MEI pode faturar até R$ 81 mil por ano, mas há propostas em andamento no Congresso Nacional que querem elevar esse teto para R$ 130 mil ou até R$ 150 mil, com possibilidade de reajuste anual pela inflação. Essas mudanças, no entanto, ainda não foram aprovadas e seguem em análise.
Outro ponto que mudou em 2025 foi o valor da contribuição mensal (DAS) do MEI, que subiu com o novo salário mínimo. Agora, o pagamento varia de R$ 75,90 a R$ 81,90, dependendo da atividade. Para MEIs caminhoneiros, o valor é maior.
Mesmo diante de desafios e mudanças, o ambiente de negócios em Minas Gerais tem se mostrado fértil, especialmente para pequenos e médios empreendedores do interior. Com as possíveis atualizações no MEI, a expectativa é que mais trabalhadores possam permanecer formalizados e continuar crescendo.