Nesta última quarta-feira (18), a Polícia Civil deflagrou a Operação Overlord, que resultou na prisão de cinco suspeitos de integrarem uma célula neonazista com atuação em Minas Gerais e São Paulo. A ação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão nas cidades de Poços de Caldas (MG), Nova Lima (MG) e Campinas (SP).
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Durante as diligências, os agentes localizaram materiais que evidenciam a atuação do grupo, incluindo livros sobre Adolf Hitler, anotações com suásticas, fardamentos paramilitares, armas brancas (como canivetes, soco inglês e balestras), bandeiras associadas à supremacia branca, além de conteúdo antissemita e de incitação ao ódio. Em Campinas, foi encontrada também pornografia infantil, o que levou à prisão em flagrante de um dos investigados.
As investigações tiveram início após a prisão de um suspeito em Belo Horizonte, identificado como o principal articulador da organização. Segundo a Polícia Civil, ele era responsável por montar estratégias de proteção e atuação do grupo, tanto no ambiente digital quanto em ações presenciais.
A célula neonazista promovia ataques contra minorias, incluindo a comunidade LGBTQIA+, por meio de agressões físicas, pichações com símbolos nazistas e a disseminação de mensagens de ódio nas redes sociais.
A operação foi coordenada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com apoio da Delegacia Regional de Poços de Caldas e da Divisão de Investigações Gerais da Polícia Civil de São Paulo (DIG-PCSP). Todo o material apreendido será periciado, e as investigações continuam para identificar possíveis conexões com outros grupos extremistas.
O nome da operação, “Overlord”, faz referência à ofensiva dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, em 1944, que marcou o início da libertação da Europa Ocidental do regime nazista.
Os presos permanecem à disposição da Justiça e devem responder por crimes como apologia ao nazismo, formação de organização criminosa, disseminação de discurso de ódio e posse de material ilegal.
Fonte/fotos/PCMG
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