Os preços do café caíram com força no mercado brasileiro durante o mês de junho, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). A queda atinge tanto o café arábica quanto o robusta, refletindo um cenário de pressão negativa no setor.
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Café arábica tem menor valor em meses
O café arábica, o tipo mais consumido no Brasil, teve média de R$ 2.126,10 por saca de 60 quilos em junho, valor 14,4% menor do que o registrado em maio. Este é o menor patamar desde novembro de 2024, considerando a correção da inflação pelo IGP-DI de maio de 2025.
A queda foi ainda mais acentuada ao longo do mês: desde o dia 18 de junho, o preço do arábica ficou abaixo dos R$ 2.000 por saca, e terminou o mês acumulando uma queda de 21,47%. Já no primeiro dia de julho (terça-feira, 1º), a cotação média caiu mais 1,47%, fechando em R$ 1.807,41.
Café robusta também registra forte recuo
O café robusta, usado principalmente na produção de café solúvel, também teve desvalorização expressiva. A média de junho ficou em R$ 1.256,71 por saca, uma queda de 18,4% em relação a maio e o menor valor desde junho de 2024. No mês, a desvalorização acumulada foi de 20,75%.
No início de julho, o robusta abriu o mês em queda: o preço médio ficou em R$ 1.099,04, com recuo diário de 0,55%.
Frio intenso preocupa produtores para a safra futura
Enquanto os preços despencam, o clima também traz preocupação. Uma onda de frio na semana passada provocou geadas em regiões produtoras de café, afetando especialmente o norte do Paraná. Segundo o Cepea, os danos ainda estão sendo avaliados, mas produtores já relatam perdas significativas para a safra 2026/27.
Em outras áreas, como São Paulo e Minas Gerais, as geadas foram mais pontuais, atingindo áreas de baixadas. Nesses estados, os cafeicultores estão em plena colheita da safra atual (2025/26), que não sofreu prejuízos com o frio até o momento.
Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)
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