No último domingo, 24, aconteceu na cidade de Barretos a final do 70° Barretos Internacional Rodeo. O evento é o maior rodeio da América Latina e contou com a participação de competidores de todo o Brasil.
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O guaxupeano Gustavo Ribeiro Cyrino foi um dos destaques da competição. Na categoria bareback, ele conquistou o titulo de campeão. Com 149 pontos, o mineiro de Guaxupé ficou com o título de Barretos com um ponto de vantagem sobre o 2º colocado, Carlos Rosa, de Pompéia-SP, que somou 148 pontos, e dois à frente do competidor de São José dos Campos, Tiago Alcantara, que obteve 147 pontos.
Gustavo Ribeiro é um atleta experiente e dedicado. Ele treina diariamente e se prepara com afinco para as competições. “Há muitos anos, sonhava com esse título. Essa história começou em 2000 e, desde então, venho lutando, pedindo a vitória para Deus e chegou o momento que fui honrado. Eu agradeço meus patrocinadores e todos que torcem pelo meu sucesso”, afirmou Gustavo. Ele tem 25 anos de carreira e treinou bastante, segundo ele, para conquistar o título de Barretos.
O que é a categoria bareback
A modalidade bareback diz respeito a um tipo de montaria em competições de rodeios — tida como uma das mais radicais. Os motivos para ser considerada intensa são vários, e o ponto de partida é o fato do peão não usar sela nem estribo.
De certa forma, esse esporte é praticado “somente” entre o caubói e a montaria, isto é, o cavalo. Além da ausência de sela e estribo, há uma dificuldade enorme na modalidade.
Nesse tipo de prova, o peão se posiciona para que permaneça deitado, ao invés de sentado, no dorso do cavalo. Na prática do rodeio, as costas do peão devem “repousar” sobre o animal por pelo menos 8 segundos.
A segurança do peão repousa inteiramente em sua habilidade de se manter deitado de costas no cavalo e de uma alça de couro que fica solta no animal, chamada de bareback.
Como são aplicadas as provas de Bareback?
As competições na modalidade bareback são aplicadas na competição entre peões, em que alguns critérios são analisados. O peão é avaliado pelos jurados pelas suas habilidades de estimular o cavalo e, ao mesmo tempo, controlá-lo. Já o animal é julgado nos critérios da agilidade, velocidade e poder.
No Brasil, as provas de bareback ainda não são muito populares, mas eram aplicadas pela Federação Nacional de Rodeio, hoje extinta. Atualmente, as entidades que organizam as competições com modalidade bareback são a ProHorse e a Copa Panther.
Além da necessidade de preparo do peão, a maior dificuldade em trazer a modalidade bareback para as competições brasileiras está relacionada à qualidade dos cavalos. De acordo com os especialistas, há uma falta de equinos cuja genética é adequada para esse esporte.
No entanto, atualmente, o cenário começa a mudar, graças aos peões que praticam a modalidade bareback , que fazem múltiplos esforços para manter esse esporte vivo no país e colocá-lo em muitas competições.
