A Delegacia de Polícia Civil de Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas, divulgou nesta semana uma nota oficial para esclarecer à população local e à de Conceição da Aparecida sobre os atrasos na emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). Segundo a corporação, os atrasos não são causados por falhas nos postos de atendimento locais, mas por entraves técnicos e operacionais de responsabilidade estadual.
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De acordo com o Instituto de Identificação da Polícia Civil de Minas Gerais (IIMG/SIIP/PCMG), a emissão da CIN exige integração com diversos sistemas federais, especialmente com a base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa integração demanda a análise minuciosa de informações biográficas e biométricas dos requerentes. Qualquer inconsistência ou ausência de dados obriga a análise manual por servidores especializados, o que aumenta significativamente o tempo de resposta em muitos dos pedidos.
O cenário atual é de sobrecarga: Minas Gerais já acumula mais de 1 milhão de solicitações da nova identidade, com uma média de 10 mil novos pedidos por dia. Cerca de 15% dessas solicitações apresentam pendências técnicas e precisam de revisão individualizada, o que impacta diretamente o prazo de entrega em todo o estado, inclusive nos dois municípios atendidos pela delegacia.
A Polícia Civil reforça que, apesar da demanda elevada, casos considerados urgentes têm prioridade no processamento. Entre os exemplos citados estão internações médicas, cirurgias agendadas, perícias, recebimento de benefícios sociais, comprovação de vida, posse em concursos públicos, contratação de trabalho e viagens profissionais. Para obter a prioridade, é necessário apresentar documentos que comprovem a urgência diretamente no posto de atendimento.
Além disso, a corporação lembra que os modelos antigos da carteira de identidade continuam válidos até 1º de março de 2032, conforme estabelece o Decreto Federal nº 10.977/2022. Esses documentos seguem sendo aceitos normalmente em instituições públicas e privadas.
