Procurada pela Interpol, a brasileira Gisele de Oliveira, de 40 anos, foi presa nesta quarta-feira (6) na cidade de Coimbra, em Portugal, acusada de assassinar cinco dos seus sete filhos biológicos. As crianças, todas com idades entre 10 meses e 3 anos, teriam sido envenenadas com substâncias sedativas entre os anos de 2010 e 2023, no estado de Minas Gerais.
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A prisão foi possível graças a uma investigação conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais, que reabriu o caso após receber uma denúncia decisiva da própria mãe de Gisele. A mulher relatou às autoridades brasileiras suas suspeitas sobre as circunstâncias das mortes recorrentes dos netos, levando os investigadores a uma nova linha de apuração.
Segundo a polícia portuguesa, Gisele teria administrado os sedativos de forma intencional e repetida. Todas as mortes ocorreram durante a noite, sem testemunhas, o que dificultou a identificação do crime à época. A princípio, os falecimentos não levantaram suspeitas e foram tratados como eventos isolados.
De acordo com as investigações, duas crianças morreram em 2010, duas em 2019 e uma em 2023. Em todos os casos, os sintomas se desenvolveram de forma lenta, o que dificultou a descoberta da causa verdadeira — o uso prolongado de sedativos.
A mulher estava vivendo em Portugal há pelo menos dois meses, para onde fugiu após as investigações ganharem força. Ela foi localizada e detida por agentes da Polícia Judiciária de Portugal, após articulação com autoridades brasileiras. Gisele chegou a resistir à prisão, mas foi detida e deverá passar por audiência inicial ainda esta semana.
Se condenada por todos os crimes, a pena estimada pode chegar a 154 anos de prisão.
A Polícia Civil de Minas Gerais destacou que o caso só avançou graças ao depoimento da mãe da acusada e ao trabalho conjunto com autoridades internacionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes dos crimes.
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