Produtores locais estão colhendo um café inédito no país: de pegada de carbono reduzida. Juliana e Flávio Pereira Mello, em Monte Santo de Minas (MG), e Diogo Dias Teixeira de Macedo, em São Sebastião da Grama (SP), receberam fertilizantes fabricados com matérias‑primas renováveis. Esses insumos podem cortar em até 40% as emissões de gases que impactam o meio ambiente em comparação aos métodos tradicionais.
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O que significa “menor pegada de carbono”?
A expressão refere-se à quantidade total de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa emitidos durante a produção de um produto. No caso do café, essa pegada abrange desde a fabricação do fertilizante até o cultivo e colheita dos grãos.
Os fertilizantes utilizados fazem parte da linha desenvolvida por empresa norueguesa e são produzidos por meio de tecnologias como:
Eletrólise da água com energia renovável,
Ou uso de biometano, um biogás derivado de resíduos agrícolas, como vinhaça da cana-de-açúcar.
Esses processos permitem reduzir até 90% da pegada de carbono na produção do próprio fertilizante, em comparação com fertilizantes obtidos a partir de gás natural fóssil.
Impacto na produção de café
Cooperados da Cooxupé, receberam o primeiro lote desses insumos que vieram da Noruega, chegaram via porto de Santos e foram encaminhados para Alfenas (MG), em transporte sustentável (caminhões a GNV) e armazenados em embalagens recicláveis.
Como resultado, estima-se uma redução de até 40% na pegada de carbono dos grãos de café, marcando um avanço relevante para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira.
Por que isso importa?
Sustentabilidade ambiental: A agricultura responde por cerca de 20% das emissões globais de gases do efeito estufa, e os fertilizantes nitrogenados representam boa parte desse total.
Competitividade internacional: Com consumidores e mercados cada vez mais exigentes em relação à origem e impacto ambiental dos produtos, cafés com menor pegada têm grande apelo.

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