Um homem de 26 anos foi preso em flagrante depois de matar a companheira degolada. Preso, o suspeito afirmou que cometeu o crime depois de “se cansar” com várias traições e disse que, agora, nem ele nem a mulher sofreriam mais.
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A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada por populares que presenciaram o feminicídio em um lote vago, em frente a um sindicato municipal, no Centro da cidade em Coronel Fabriciano (MG), no Vale do Rio Doce, na tarde dessa segunda-feira (25/8).
“Ele tá tentando reanimar ela, mas já matou ela”, narram testemunhas que gravaram o momento. Em seguida, as imagens mostram o suspeito saindo com as roupas e mãos sujas de sangue em direção à rodoviária da cidade.
Os militares encontraram e prenderam o homem ainda na rua. Ele não apresentou resistência. Em seguida, os policiais retornaram ao local do crime e encontraram a vítima caída no chão. Segundo a perícia, ela apresentava um corte profundo do lado esquerdo da garganta.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML). Conforme o boletim de ocorrência, o suspeito alegou que cometeu o crime por ciúmes, uma vez que a vítima estava se relacionando com um outro rapaz. Neste dia, o casal se encontrou em uma praça, conversou e saiu pela Rua Boa Vista, quando o suspeito “decidiu pôr um fim na vida da vítima”, segundo o documento.
Ele agarrou a companheira pelo pescoço com um golpe de mata-leão e a esganou, até que ela desmaiasse. Neste momento, ele pegou um pedaço de espelho que estava caído no chão e degolou a vítima. “Aceitei várias traições. Agora nem eu nem ela vai sofrer mais”
O homem confessou que cometeu o crime e contou que pediu que a mulher conversasse com o rapaz com quem o traía por telefone, mas ela se recusou. “Que que tem você falar? Essa é a sua hora de falar. Prova para mim e conversa com o cara normal”, teria dito o suspeito à companheira.
Ainda segundo o relato do homem, a companheira mentia e teria cometido “várias traições”. Ele ainda afirmou que “esperava mudanças que não iam acontecer”, uma vez que o relacionamento que já durava mais de sete anos. O casal foi preso junto, por um crime não descrito no boletim policial. Ele foi solto primeiro e, segundo relatou, acompanhou a companheira no sistema prisional com visitas e ajuda financeira. “Mudei de cidade para ficar perto dela, nunca fiquei com outra pessoa”, disse.
Questionado sobre seu sentimento em relação ao crime, o homem disse que ainda não sente arrependimento, mas sabe que em algum momento sentirá. “A maior culpa do ser humano é carregar um sentimento que não pode cuidar. A culpa que carrego é por ter tirado uma vida. Mas agora eu não vou sofrer, e nem ela vai sofrer mais”, afirmou.
O homem foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia da Polícia Civil. O celular da vítima também foi recolhido pelos policiais para ajudar nas investigações sobre o feminicídio.

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