Após uma sessão extraordinária que durou mais de oito horas, a Câmara Municipal de Alfenas decidiu, por unanimidade, pela cassação do mandato do vereador Pedro Alencar Azevedo, conhecido como Pedrinho “Minas Acontece”. A votação aconteceu na madrugada desta quinta-feira (22), após um processo intenso de apuração de denúncias envolvendo violência doméstica, ameaças e porte ilegal de armas.
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A reunião teve início às 17h de quarta-feira (21) e foi marcada pela oitiva de testemunhas de defesa e acusação. Em um depoimento transmitido ao vivo, a vítima, ex-companheira de Pedrinho, relatou uma série de agressões físicas e psicológicas, além de ameaças de morte. Segundo ela, o ex-vereador apresentava comportamento controlador e agressivo, e chegou a apontar uma arma carregada para sua cabeça. O episódio mais grave teria ocorrido no dia 18 de fevereiro, quando a Polícia Militar foi acionada por vizinhos após uma discussão, culminando na prisão em flagrante do parlamentar.
Na ocasião, Pedrinho foi detido por diversos crimes, incluindo lesão corporal qualificada, posse de drogas, posse ilegal de munições, porte de arma de fogo e ameaça grave à vida, com base na Lei Maria da Penha. Ele também foi acusado de intimidar colegas vereadores para garantir sua eleição à presidência da Câmara.
Em sua defesa, também apresentada ao vivo por mais de duas horas, Pedrinho alegou que a denúncia teria sido motivada por vingança pessoal após uma possível reconciliação com sua ex-esposa.
O parecer final da Comissão de Ética, elaborado pelo vereador Brás da Máquina, foi categórico ao recomendar a perda do mandato, destacando a incompatibilidade das ações do vereador com os princípios da ética pública. O relatório foi aprovado por 10 votos a 0.
Com a cassação, a vaga de Pedrinho, eleito pelo União Brasil, será ocupada em definitivo por seu suplente Márcio Dunga, também do mesmo partido, que já foi empossado. O caso segue em investigação pelas autoridades judiciais e poderá resultar em condenação penal, com penas que variam de 8 a 12 anos de reclusão.
Fonte/Diário de Notícias Minas

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