A Polícia Civil abriu uma investigação para apurar a morte de Orlando Júnior de Souza, de 42 anos, um influenciador digital conhecido em Alfenas como “Orlandinho”. Segundo relatos, ele teria sofrido um mal súbito após ser acusado de maneira injusta de furto durante uma romaria à pé para Aparecida, São Paulo.
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A PC confirmou que está apurando os fatos e que as partes envolvidas foram ouvidas e liberadas após assinarem um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). As informações sobre o inquérito foram divulgadas essa semana pelo Terra do Mandu.
O incidente ocorreu no dia 17 de julho, quando o grupo de cerca de 60 romeiros parou em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. Um dos participantes, um PM da reserva, procurou sua carteira e, ao não encontrá-la, questionou Orlandinho, que estava próximo a seus pertences.
Em depoimento à Polícia Militar, que registrou a ocorrência, Orlandinho relatou que teve de retirar todos os itens de sua mochila para a vistoria e que se sentiu humilhado, acreditando ter sido vítima de racismo e homofobia, por ser negro e gay. Ele chegou a registrar um Boletim de Ocorrência por constrangimento ilegal. O PM da reserva, por sua vez, encontrou a carteira em um dos bolsos de seu próprio colete e, segundo o BO, tentou se desculpar, mas a retratação não foi aceita pela vítima.
Após o incidente, a romaria seguiu o seu curso, mas no trecho entre Itajubá e Piranguinho, Orlandinho passou mal e foi levado às pressas para um hospital em Santa Rita do Sapucaí, onde não resistiu. Amigos afirmam que ele era diabético e que o estresse e a humilhação do momento teriam descompensado sua glicemia, provocando um infarto.
Em nota divulgada nas redes sociais, o Movimento Gay de Alfenas expressou “imensa dor e profunda revolta”, afirmando que a acusação falsa e a humilhação pública a que Orlandinho foi submetido provocaram um “abalo emocional brutal” que levou à sua morte. A entidade foi enfática ao declarar que ele não morreu da diabetes, mas sim “pelo preconceito!”, e exige justiça para que o caso não seja tratado como uma fatalidade.
Fonte: Alfenas Hoje
