Um policial penal foi morto a tiros por um detento na madrugada deste domingo (3), durante uma escolta no Hospital Luxemburgo, localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Após o crime, o suspeito tentou fugir usando a farda da vítima.
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Segundo informações da Polícia Militar, Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, estava internado no hospital desde o dia 27 de julho para tratamento de saúde. Durante a madrugada, ele solicitou ao agente que o acompanhasse ao banheiro. Nesse momento, iniciou uma luta corporal com o policial, conseguiu tomar a arma e efetuou disparos.
Euler Oliveira Pereira Rocha foi atingido na nuca e no tórax e não resistiu. Ele era o responsável pela escolta do detento e estava sozinho no momento do ataque. A Polícia Civil informou que o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e que outras informações serão divulgadas ao fim dos trabalhos de investigação.
Após o crime, Shaylon vestiu a farda do policial e conseguiu deixar o hospital. Já do lado de fora, abordou uma moradora pedindo ajuda, alegando que a mãe estava passando mal e que ele estava sem celular. A mulher, acreditando se tratar de um policial, chamou um carro de aplicativo.
O suspeito foi localizado e preso nas proximidades do hospital durante o cerco montado pela Polícia Militar. Com ele, os militares encontraram uma bolsa que pertencia à vítima, contendo três pistolas, munições e carregadores. O motorista do aplicativo disse à polícia que não conhecia o passageiro e que, apesar de ter sido orientado a não parar o veículo, decidiu acatar a ordem policial ao notar a abordagem.
A situação é acompanhada pelo Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (Sindppen-MG). O presidente da entidade, Jean Ottoni, lamentou o ocorrido e afirmou que as escoltas hospitalares frequentemente ocorrem em condições precárias. Ele também questionou o fato de o policial estar sozinho no momento da escolta, afirmando que a corregedoria já está apurando a situação.
Até o momento, o Hospital Luxemburgo e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
