Duas crianças, uma menina de 10 anos e um menino de 9, estão sendo acusados de estuprar e tentar matar uma menina de 5 anos, em Cleveland, Ohio, nos Estados Unidos. Os dois suspeitos deveriam comparecer ao tribunal juvenil, mas apenas a menina esteve perante à corte.
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O caso foi descoberto em setembro de 2025, quando a vítima, que é autista, foi encontrada com ferimentos graves e precisou ser hospitalizada. Segundo os promotores, a vítima foi urinada e agredida sexualmente antes de ser encontrada, permanecendo hospitalizada por vários dias após o ataque.
A menina de 10 anos e o menino de 9 foram acusados pelos mesmos crimes, que incluem tentativa de homicídio, estupro, agressão, sequestro e estrangulamento.
Primeira audiência
Durante a audiência de custódia, a menina usava máscara facial e casaco rosa, acompanhada por uma mulher que cobria a cabeça com capuz e caminhava com bengala, conforme reportado pela Cleveland 19 News. A identidade da acusada não pode ser revelada devido a razões legais americanas.
A mãe da vítima esteve presente no tribunal e fez um apelo à juíza, clamando por justiça diante da brutalidade do caso. “Este tipo de comportamento não merece clemência. Eles sabiam o que estavam fazendo e estavam bem com isso. Eles até brincaram depois, sem se importar com minha bebê”, declarou a mulher.
Posições da defesa
A defensora pública assistente, Caitlyn Idoine, negou as acusações e solicitou a liberação da cliente para a família. Contudo, o promotor assistente do condado, Oscar Albores, pediu detenção domiciliar com tornozeleira eletrônica. A Juíza acatou o pedido da promotoria, determinando a custódia monitorada e mencionando a ausência dos pais da menina no tribunal como um fator crucial.
Devido à pouca idade da acusada, a defesa levantou dúvidas sobre sua capacidade de compreender o processo. Nesta quarta-feira (12/11), foi solicitada formalmente uma avaliação de competência pela defensora. O prosseguimento do caso está condicionado à determinação do tribunal de que a menina tem condições de entender os procedimentos e auxiliar em sua defesa.
O menino de 9 anos, também acusado, não compareceu, pois seu advogado alegou que o carro da mãe havia quebrado. A juíza remarcou seu indiciamento para a semana seguinte, sob a advertência de que emitiria um mandado de prisão caso ele não comparecesse novamente.
Relato da mãe da vítima
A mãe da vítima descreveu o cenário de horror que encontrou no dia 13 de setembro, quando sua filha foi localizada. “O que vi foi inacreditável. Minha filha não era minha filha. Seu cabelo estava arrancado da cabeça. Ela tinha hematomas e sangue por todo o corpo. Seus olhos estavam cheios de sangue. Seus lábios e boca estavam cheios de sangue. Suas unhas tinham detritos e sujeira presos nelas”, contou ela à WOIO.
Imagens compartilhadas com o veículo de notícias local mostraram a menina com grandes partes do cabelo faltando. A mãe também relatou à News 5 Cleveland o momento em que a criança acordou no hospital, revelando o trauma psicológico: “Ela estava gritando quando acordou, ela disse: ‘Eles me mataram’. Ela pensou que estava morta. Uma criança de cinco anos nem deveria conhecer essa palavra”, disse a mulher.







