Minas Gerais quebra mais um recorde na transição energética, ao alcançar 11,57 gigawatts (GW) de potência fiscalizada em energia solar fotovoltaica. Com isso, o estado supera a capacidade instalada da Usina Hidrelétrica Belo Monte (11,2 GW), maior geradora totalmente nacional.
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Para o governador Romeu Zema, isso se deve à priorização da pauta climática pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG), com uma atuação imprescindível para a rápida evolução do setor. Ele enfatiza os incentivos fiscais e o Sol de Minas, projeto que estimula empreendimentos solares e promove a atração de empresas, proporcionando a adoção de sistemas de geração distribuída.
“Desde a criação do programa, em 2019, os investimentos privados em energia solar saltaram de R$ 6,9 bilhões e 371 empregos para mais de R$ 80 bilhões e mais de 7,6 mil empregos, diretos e indiretos”, aponta Romeu Zema.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, vê Minas na vanguarda da temática de transição energética, cumprindo uma das principais metas do Governo, que é a geração de empregos.
“Somente em 2024, foram formalizados aproximadamente R$ 6 bilhões em 17 projetos, com a previsão de geração de 679 empregos diretos em 12 municípios mineiros. Isso demonstra o compromisso da nossa gestão frente ao crescimento econômico e responsável do estado”, destaca Fernando Passalio.
Energia que gera renda
O projeto Sol de Minas tem importante papel como parte de uma política pública que estimula o combate à desigualdade social, através da promoção de renda e emprego, alinhada com o compromisso da descarbonização das matrizes energéticas.
Atualmente em Minas, todos os 853 municípios possuem ao menos uma unidade de geração de energia solar fotovoltaica. Em Jaíba, no Norte de Minas, uma dessas unidades foi instalada na propriedade da agricultora Mari Aline Coleto. Ela explica os benefícios trazidos pela micro usina, localizada em uma zona rural do município.
“Com o aluguel do nosso espaço para a instalação das placas solares, temos a renda do aluguel e da criação de aves para abate e postura. Além disso, a mão de obra para a instalação das usinas e para a limpeza das placas também contribuiu para a renda das famílias da nossa comunidade”, conta Aline.
Destaque nacional
Considerando a soma da geração de energia centralizada e distribuída em operação, entre os países da América Latina, o Brasil é líder em energia solar fotovoltaica, somando hoje 52,32 GW. Minas Gerais representa 22,11% dessa produção.
Os 11,57 GW representam a soma da geração de energia centralizada e distribuída. Com relação à geração centralizada – quando grandes usinas geram a eletricidade em um único local e a distribuem para uma grande quantidade de consumidores –, Minas segue como líder no ranking nacional, com 7,19 GW. Isso equivale a 30,4% da matriz elétrica do estado e corresponde a 41,16% da geração nacional.
Já no que diz respeito à geração distribuída – quando a produção está próxima ao consumo, como no caso de um painel solar instalado no telhado de uma residência –, o estado ocupa o segundo lugar (4,38 GW), atrás somente de São Paulo (5,05 GW).
Fonte: Agência Minas
