A Justiça condenou quatro pessoas pelo assassinato de Wescley Correia Ribeiro em 2018. As penas variam de 24 a 31 anos de prisão. Três homens e uma mulher foram condenados pelo tribunal do júri, no Fórum Milton Campos, em Alfenas, na última quinta-feira, dia 9.
O corpo da vítima foi encontrado, em maio de 2018, enterrado próximo a uma estrada rural, no bairro Gaspar Lopes. Em um vídeo, que circulou na época, Wescley Ribeiro assumiu ter ateado fogo em um ônibus de transporte coletivo em represália ao assassinato de Reginaldo Pereira da Silva (Nadinho), apontado como chefe do tráfico de drogas na região.
O júri acatou a tese do Ministério Público (MP) de sequestro e cárcere privado, seguido de homicídio qualificado por motivo fútil e mediante crueldade, além de formação de organização criminosa e tortura. A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça, Frederico Carvalho de Araújo, da 5ª Promotoria de Justiça. Um dos envolvidos também ocultou o corpo da vítima, agravando a pena. Dos cinco réus apenas Altair Afera Silva, que era acusado de ocultação do cadáver, foi absolvido pelo júri.
Os sentenciados foram condenados a penas que variam de 24 a 31 anos de reclusão. Entre as condenações está a de Fernanda de Fátima Venâncio Alves, que terá que cumprir 24 anos de reclusão. Porém, ela é a única – entre os condenados – que poderá recorrer da decisão em liberdade. A condenação dela engloba os seguintes crimes: envolvimento no homicídio, cárcere privado, integrar organização criminosa e tortura.
Os outros condenados, que já estavam presos aguardando o julgamento, só poderão recorrer da decisão em regime fechado. São eles: Edson Eugênio da Silva (conhecido como Testa), 36 anos, André Luís Esteves (conhecido como De Negão), 35 anos, e José Henrique dos Santos Ramos (conhecido como Zezinho), 32 anos.
Ramos, conhecido como Zezinho, foi preso, em maio de 2018, alguns dias após o corpo da vítima ter sido localizado pela polícia. Esteves, também apontado como um dos executores, também foi preso logo após o crime. Ele foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão, enquanto Ramos terá que cumprir um ano a mais: 24 anos e seis meses de reclusão. A condenação dos dois é devido ao homicídio qualificado, cárcere privado e por integrarem uma organização criminosa.
Já Silva, conhecido como “Testa”, teve a maior condenação: 31 anos de prisão. Além dos mesmos crimes cometidos por Esteve e Ramos, ele também foi julgado pela prática de tortura e ocultação do cadáver. Ainda cabe recurso da decisão a outras instâncias.