O Lago de Furnas terá um laboratório especializado somente para analisar a qualidade da água da represa. A Eletrobrás destinou R$ 6,2 milhões para a implantação do projeto. A expectativa é de que os equipamentos sejam adquiridos até o fim deste ano.
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Em entrevista à EPTV, afiliada à Rede Globo, o coordenador do projeto e professor da Unifal, Eduardo Figueiredo, explicou como as análises serão feitas.
“As análises que serão realizadas são de contaminantes emergentes, que são moléculas em concentração muito baixa que podem estar presentes na água, e essas moléculas já têm estudos que dizem que elas são extremamente prejudiciais, mesmo em baixas concentrações. Por exemplo, fármacos, que às vezes são descartados de maneira inadequada pela população, eles chegam na água; os agrotóxicos que são utilizados também podem ser lixiviados para as águas em baixa concentração”, explicou.
“E mesmo nessas concentrações baixas, eles têm potencial de causar várias doenças, como já tem sido comprovado. Doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. (…) Então, vários relatos da literatura já dizem que esses contaminantes podem causar, estar relacionados a esse tipo de doenças”, detalhou o professor.
O período do ano em que a análise é feita, pode influenciar nas condições do líquido.
“A ideia é fazer uma avaliação da concentração em função do tempo, porque na época da seca a água baixa, então a tendência é que haja uma maior concentração dessas moléculas e maior concentração também pode significar uma toxicidade maior. Então avaliar isso em função do tempo é uma coisa muito importante, por isso que esse projeto, a coleta das amostras, ela vai ter pelo menos aí um ano, e ela vai ser realizada inicialmente no braço do Rio Sapucaí, numa primeira etapa, e numa segunda etapa a perspectiva é também fazer no braço do Rio Grande”, disse.
Parte do recurso financeiro já foi liberado, o que possibilita começar a aquisição dos equipamentos. Com isso, os trabalhos de análise e pesquisa podem começar já no início do próximo ano.
“São R$ 4,2 milhões financiados pelo Ministério de Minas e Energia e R$ 2 milhões financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais. Dá um total de R$ 6 milhões e 200 mil, mais ou menos.”, finalizou o professor Eduardo.
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