Após mais de 100 dias sem chuvas em Passos, o Ribeirão Bocaina está com uma vazão 62,5% abaixo do normal e próximo do nível considerado crítico.
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Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) a média na vazão no local onde é feita a captação baixou de 4 mil litros por segundo para 1,5 mil e o volume em toda a extensão do ribeirão caiu 30%. O Bocaina é responsável por 62% do abastecimento de água na cidade.
“Em se tratando do Ribeirão Bocaina, em tempos normais a média de vazão é de 4 mil litros por segundo. Hoje está em 1,5 mil litros por segundo. Passa a ser considerado nível crítico quando ficar abaixo de 1 mil litros por segundo”, afirma o diretor do Saae, Esmeraldo Pereira dos Santos.
“Essa vazão considera apenas um trecho do ribeirão onde tem uma pequena represa que faz a captação da água”, afirma Esmeraldo. Segundo ele, com a estiagem, a situação do abastecimento de água requer cuidados, principalmente, por parte da população para evitar desperdício.
Segundo Esmeraldo, a falta de chuvas é sempre preocupante. “É a água que mantém as nascentes e, por consequência, o lençol freático. O principal manancial que abastece Passos hoje é o Ribeirão Bocaina, por isso a preocupação existe”, alertou.
Conforme informa o diretor, o município atua em dois sistemas de captação, além do Bocaina, o Rio Grande atende 32% da população passense.
“Nesse sistema (Rio Grande) a quantidade de água é infinitamente maior. E, mesmo estando em um nível um pouco abaixo, ainda não é preocupante. A intenção é ampliar a captação no Rio Grande, por meio de uma em parceria com a cervejaria Heineken, que deve aliviar a demanda de água no Bocaina. Também tem sido feito o desassoreamento da represa para aumentar a capacidade”, explicou Esmeraldo.
“A administração municipal vem trabalhando para ampliar a retirada de água do Rio Grande e busca uma terceira alternativa, que seria a captação no Rio São João”, destacou.
De acordo com o diretor, o Saae promove ainda campanhas sistemáticas de conscientização para o uso racional de água durante todo o ano.
“Estas campanhas são veiculadas no site da autarquia, nas redes sociais e na imprensa local, sempre pedindo que a população economize água e dando dicas do uso do bem mais precioso para a vida humana. Também divulgamos nas contas que vão para cada consumidor o pedido para não desperdiçar a água”, informou Esmeraldo.