A Petrobras aumentará em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro. O reajuste já vale para essa quarta-feira (16/8). Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba. Segundo o site de pesquisa Mercado Mineiro, o preço médio da gasolina em Belo Horizonte está em R$ 5,16, com mínima de R$ 4,89 e máxima de R$ 5,59. Com o reajuste, o preço médio pode ir a R$ 5,57, o mínimo a R$ 5,30 e o máximo pode chegar a R$ 6. Vale lembrar que a precificação é livre no varejo e o reajuste da Petrobras para os postos pode ser repassado na íntegra, menos ou mais.
Segundo a estatal, a variação acumulada do preço de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras ainda é para menos, com redução de R$ 0,15 por litro com relação ao preço de venda que fechou 2022.
Para o diesel, a Petrobras aumentará o valor em R$ 0,78 por litro o seu preço médio de venda de diesel para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,80 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba. Nos postos, segundo o site Mercado Mineiro, o preço do diesel em Belo Horizonte fechou julho em R$ 4,83, na média. Com o reajuste pode chegar a R$ 5,61.
No ano, de acordo com a estatal, a variação acumulada do preço de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras tem redução de R$ 0,69 por litro, quando comparado com o valor negociado no fim de 2022.
O valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. “Importante esclarecer que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação. Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes. No entanto, a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”, informou a Petrobras em nota.
De acordo com relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), publicado no início de agosto, a defasagem do diesel entre o preço praticado no Brasil e o mercado externo era 22%. No caso da gasolina, a defasagem estava em 19%. Assim, os importadores de diesel (cerca de 25% do combustível consumido no Brasil vem de fora) estavam comprando menos devido à defasagem e estava faltando o produto em alguns postos de Minas Gerais, segundo relatos do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro).
Fonte: O Tempo
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