Há mais de 2 anos, a Polícia Civil investigava o desaparecimento das sacas de café de diversos produtores rurais de Muzambinho e região através de uma suposta empresa que fornecia suporte aos produtores, a Grão Verde. O inquérito não indiciou os proprietários, mas encontrou provas de práticas criminosas.
Vários produtores perderam centenas de sacas de café que estavam escodadas na empresa. O relatório do inquérito tem 39 páginas, através dele, o delegado responsável pelas investigações traz o relato de dezenas de cafeicultores que foram enganados pelo Grupo Grão Verde.
Há entre os relatos da investigação, produtores que perderam 400 sacas de café. O delegado não indiciou os proprietários da Grão Verde, mas, de acordo com o que foi concluído, houve prática de condutas criminosas.
Os presidentes dos sindicatos dos produtores rurais e dos trabalhadores e agricultores familiares acreditam que esse relatório pode acelerar o processo e garantir que os cafeicultores recebam as sacas perdidas. Eles acreditam que houve fraudes na execução processual que culminaram no não pagamento dos produtores.
No final de agosto de 2020, a empresa Grão Verde, que comprava e vendia café, começou a apresentar problemas. Centenas de produtores foram prejudicados. A Justiça chegou a fazer acordos de conciliação. Depois, vieram os acordos judiciais.
Embora o escritório da Grão Verde em Muzambinho continue fechado, o proprietário da empresa prestou depoimento à Polícia Civil e ainda não foi acionado pelo Ministério Público.