A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) interditou um depósito com mais de 7 mil litros de cachaça irregular no bairro Bom Sucesso, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. A ação, chamada Operação Dose Clandestina, contou com apoio da Seapa-MG, da Vigilância Sanitária e do Procon municipal. Durante a operação, os agentes prenderam um homem de 50 anos suspeito de produzir e armazenar bebidas alcoólicas de forma ilegal.
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A fiscalização interditou o imóvel e assumiu a responsabilidade pelo descarte das bebidas e materiais apreendidos. Segundo a PCMG, o depósito armazenava entre 7 e 8 mil litros de cachaça sem qualquer controle sanitário. O suspeito não possuía registro empresarial, alvará de funcionamento nem licenças dos órgãos competentes.
De acordo com a polícia, os responsáveis mantinham a cachaça em recipientes plásticos comuns, alguns usados para transporte de combustível, sem vedação ou certificação alimentar. Para alterar o sabor e a cor, adicionavam fragmentos de madeira e frutas, simulando um envelhecimento artificial. Esse processo, porém, pode liberar substâncias tóxicas, como metanol e taninos não controlados, tornando o produto perigoso ao consumo.
As embalagens não tinham rótulos, nem data de fabricação ou validade, o que impedia o rastreio da origem. A Polícia Civil autuou o homem em flagrante por crime contra as relações de consumo e o encaminhou ao sistema prisional.
Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforçou o alerta sobre os riscos de consumir bebidas sem procedência. O órgão descartou que a morte de um homem de 48 anos em Itajubá, no Sul de Minas, tenha sido causada por intoxicação por metanol. Mesmo assim, a SES-MG orienta que qualquer sintoma suspeito seja comunicado ao CIATox/MG.
Entre os principais sintomas de intoxicação por metanol estão náuseas, vômitos, dor abdominal, dor de cabeça intensa, confusão mental, tontura e perda de visão. Eles podem surgir entre 6 e 72 horas após o consumo de bebidas adulteradas.
O Ministério da Saúde informou que Minas Gerais não possui casos confirmados de intoxicação por metanol. Já São Paulo lidera o ranking nacional, com 38 casos confirmados e 19 em investigação. Também há registros no Paraná (5), Pernambuco (3) e Rio Grande do Sul (1).
A SES-MG reforça que consumir bebidas sem registro representa risco grave à saúde e recomenda que a população compre apenas produtos com selo e certificação de origem.

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