A Polícia Civil realizou, nesta terça-feira, 21, a reconstituição da morte da monitora de Educação Infantil Leidiane Cristina Germano Reis, de 33 anos, ocorrida em Bom Jesus da Penha na última quinta-feira, 17.
Inicialmente, a morte foi apontada pelo marido dela, Marcelo da Silveira Reis, de 36 anos, como suicídio, mas, durante investigação sobre o caso, a Polícia Civil desconfiou das versões apresentadas por ele, que acabou confessando ter matado a esposa e simulado suicídio dela.
O casal tem dois filhos, uma menina de dois anos e um menino de oito e ela havia pedido o divórcio, mas o marido não teria aceitado a separação.
O crime chocou a população de Bom Jesus da Penha. Nesta terça-feira, munidos de cartazes, pessoas protestaram contra o feminicídio e pediram Justiça. Amigos, alunos e professores que trabalhavam com Leidiane colocaram cartazes na casa da jovem.
“A cidade está chocada e horrorizada com tamanha crueldade. ela era uma jovem com 33 anos e deixou dois filhos pequenos. Nós esperamos que ele responda pelo crime que cometeu, em regime fechado, e que a Justiça seja feita. A população, indignada com os fatos, criou uma corrente por Justiça nas redes sociais”, disse ontem o vereador Wanderson D’Ávila da Silva, primo de Leidiane.
“Muitas pessoas desconfiaram da história do marido e, também, pela perícia que foi pedida no final da madrugada (de sexta-feira, 18), devido ter vários hematomas pelo corpo”, afirma Wanderson. No dia do crime, o marido de Leidiane procurou familiares dela, o irmão e a mãe, dizendo que havia encontrado o corpo da mulher com uma corda no pescoço.
Segundo informações da polícia, quando a família foi acionada, Leidiane ainda estava viva e foi levada a um hospital, pelo marinho e o irmão, e chegou a ser entubada, mas não resistiu.
Com base na versão do marido, o caso foi tratado, inicialmente, como suicídio. Após ter o corpo liberado para a funerária, onde seriam feitos os preparativos para o enterro, uma ligação anônima feita ao hospital informou que a morte poderia ter sido criminosa e que ela seria vítima de violência por parte do marido.
Após as denúncias, o caso foi reavaliado pelos médicos, que teriam encontrado marcas de lesões no pescoço, nas mãos, na região do peito e nas coxas, além de manchas roxas em volta dos olhos. Na funerária para o corpo havia sido levado, um agente também confirmou ter encontrado sinais de fratura na cabeça de Leidiane. O corpo foi enviado para o Instituto Médico Legal de Guaxupé, onde passou por nova autópsia.
Durante as investigações sobre o crime, a Polícia Civil chegou encaminhou o marido de Leidiane para a delegacia de Nova Resende, onde, segundo a polícia, ele prestou depoimento e, após se contradizer e ser confrontado, confessou ter matado a esposa.
De acordo com informações da Polícia Civil, Marcelo teria mudado de versão três vezes e, após ser confrontado em relação às lesões encontradas no corpo da monitora de Educação Infantil, acabou confessando o crime. Ele foi preso em Nova Resende.
Fonte: Clic Folha
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