O prejuízo com o vandalismo nas sedes dos Três Poderes ocorrido no último domingo (8) pode chegar a R$ 20 milhões, segundo o cálculo inicial feito por fontes dos órgãos atingidos à CNN. O valor não inclui a depredação de obras de arte nem os custos com toda a recuperação de objetos danificados. Portanto, o prejuízo tende a ser maior ainda.
Até o momento, a estimativa de prejuízos está em:
- R$ 8 milhões no Supremo Tribunal Federal (STF);
- R$ 5 milhões no Palácio do Planalto;
- R$ 4 milhões no Senado;
- R$ 3 milhões na Câmara dos Deputados.
No último domingo, apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes do STF, do Planalto e no Congresso Nacional, e depredaram uma série de salões, salas e objetos, inclusive históricos. Houve também o desaparecimento de presentes recebidos institucionalmente pelas autoridades brasileiras.
No Supremo, os criminosos depredaram o plenário, onde acontecem os julgamentos pelos ministros da Corte, e o salão nobre, por exemplo. Cadeiras, mesas e tapetes, fora enfeites, foram revirados e destruídos.
No Planalto, salões e salas no segundo andar tiveram objetos, como desde computadores a pinturas históricas, destruídos.
No Senado e na Câmara, além de depredaram ambientes, os invasores quebraram computadores, impressoras, vidros, telefones e obras de arte. Ao menos três obras de arte foram destruídas, duas estão desaparecidas e 15 estão danificadas de alguma maneira. Muitas peças, expostas na vitrine do Salão Verde da Câmara, têm valor inestimável.
A Câmara também afirmou que a listagem não conta com outros bens danificados, como mesas de vidro do Salão Verde e da liderança do MDB, cadeiras do Colégio de Líderes, cadeiras operacionais das lideranças do PSDB, PT e MDB, além da mesa de telefone do Colégio de Líderes.
Em todos os Três Poderes, grande parte dos vidros que compõem as fachadas dos prédios foi quebrada. Desde segunda (9), funcionários da manutenção e de restauração dos respectivos Poderes têm atuado para tentar reverter os danos.