As condições climáticas adversas, incluindo estiagens e altas temperaturas, estão impactando negativamente a safra de café em Minas Gerais. Um levantamento com 1.706 produtores rurais, realizado pelo programa de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg Senar (ATeG Café+Forte), revelou uma quebra média de 23% na safra de café arábica no estado, com efeitos que podem se estender até o próximo ano.
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A estimativa, divulgada na última sexta-feira (20), é mais severa do que a média nacional apresentada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apontou uma redução de apenas 0,5% na produção em relação ao ano anterior. Ana Carolina Gomes, analista de agronegócios do Sistema Faemg Senar, destacou que ondas de calor, chuvas irregulares e altas temperaturas durante o desenvolvimento dos frutos foram os principais fatores que contribuíram para essa diminuição na produtividade.
O levantamento abrangeu as quatro regiões produtoras do estado: Montanhas de Minas, Sul de Minas, Chapada de Minas e Cerrado Mineiro. Problemas como pegamento inadequado e abortamentos na florada, aumento de pragas e doenças, além de grãos menores, têm comprometido a safra de 2024, e a prolongada seca pode afetar ainda mais a safra de 2025.
Ana Carolina também enfatizou a importância de investimentos em tecnologias e práticas de manejo sustentável para mitigar os impactos das mudanças climáticas. O Sistema Faemg Senar continua a oferecer suporte técnico aos produtores e a trabalhar com órgãos competentes para implementar medidas que ajudem os afetados. A Comissão Técnica de Café da Faemg está em contato com o Governo do Estado para auxiliar na elaboração de laudos técnicos sobre as perdas e buscar recursos federais para garantir subsídios e seguros para os cafeicultores.
Fonte: Hoje em Dia
Foto/Pixabay
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