A Delegacia de Crimes Contra a Pessoa de Pouso Alegre (MG) está investigando um incidente envolvendo uma suposta agressão a uma criança em uma escola particular local. A mãe do menino, que prefere não se identificar, relatou que o filho, portador de autismo grau três e não verbal, foi agredido no corredor da escola. A denúncia chegou à família por meio de uma funcionária da instituição, que afirmou ter testemunhado o ocorrido.
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A mãe procurou a Polícia Militar, que registrou um boletim de ocorrência detalhando o relato da professora envolvida. Segundo a professora, o menino entrou em uma sala restrita aos alunos, e ao tentar explicar a situação para ele, a criança a agarrou pelos cabelos. A professora, que usava um prendedor de cabelo tipo ‘piranha’, afirmou que o prendedor acabou machucando o garoto. Ela então tentou remover o cabelo do menino de sua mão e relatou que, devido ao fato de o menino ser autista, uma funcionária que acompanha a criança regularmente chegou ao local pouco depois.
A mãe teve acesso a um vídeo das câmeras de segurança da escola. Embora as imagens não mostrem o momento da agressão, ela acredita que o incidente ocorreu em uma área não visível, atrás de uma portinhola.
O advogado da família acredita que a agressão ocorreu e está apoiando a investigação. A escola, por sua vez, emitiu um comunicado informando que uma sindicância interna foi instaurada para esclarecer os fatos. De acordo com o comunicado, a professora não era a responsável direta pelo aluno e não teria cometido nenhum ato de agressão. A escola também esclareceu que a transferência do aluno para outra instituição foi uma solicitação da família, e não uma decisão da escola.
A professora envolvida, em sua própria declaração, negou qualquer agressão e afirmou que apenas se abaixou para segurar o aluno, com o intuito de evitar que ele continuasse a puxar seu cabelo. Ela garantiu que sua ação foi apropriada e está disposta a colaborar totalmente com a investigação em andamento.