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Ministério Público inicia 2ª fase de operação contra esquema de corrupção em Guapé

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Na manhã desta quarta-feira (3), o Ministério Público anunciou a segunda fase da operação que investiga um esquema de corrupção na Prefeitura de Guapé (MG). A ação, intitulada “Trem da Alegria – 2ª Fase”, foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público.

De acordo com informações divulgadas pelo MP, uma nova denúncia foi apresentada, resultando em dois mandados de prisão contra o ex-prefeito Nelson Lara e um empresário, ambos já detidos durante a primeira fase da operação. Além das prisões, dois afastamentos foram determinados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A denúncia aponta para dezenas de crimes, incluindo falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato, cometidos pelo ex-prefeito, o empresário e um secretário municipal. As investigações revelam um intricado esquema de desvio de recursos públicos, que prejudicou a gestão eficiente e transparente dos recursos municipais em Guapé.

A ação do Ministério Público reflete o compromisso das autoridades em combater a corrupção e garantir a integridade das instituições públicas. A sociedade espera que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados e que medidas efetivas sejam tomadas para prevenir que casos semelhantes ocorram no futuro.

As investigações

Segundo as investigações, os denunciados são parte de um “grande esquema de corrupção que se instalou no Município de Guapé”. Segundo o MP, o grupo obtinha, por causa do cargo de prefeito municipal, vantagens indevidas na forma de terrenos de empresários do setor imobiliário.

Além disso, os integrantes da organização criminosa ocultavam a origem e a propriedade dos bens por meio de operações de lavagem de dinheiro. Paralelamente, eles também utilizavam para proveito próprio os bens públicos.

Ainda de acordo com o MP, os denunciados são investigados ainda por fraudes e desvios na execução de contratos administrativos e em licitações.

De acordo com o MP, as prisões foram decretadas para garantir a ordem pública e por conveniência da investigação e da instrução processual penal, uma vez que os denunciados planejavam ocultar documentos, combinavam versões e cogitavam atentar contra a vida e a saúde de pessoas de alguma forma envolvidas nas apurações.

A operação

A operação “Trem da Alegria” foi feita pelo Ministério Público por intermédio da Procuradoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, núcleo Varginha, e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público. A ação também contou com apoio das Polícias Militar, Civil e Penal.

Participaram das diligências 128 pessoas, sendo 5 Promotores de Justiça, 12 servidores do Ministério Público, 57 policiais militares, 45 policiais civis e 9 policiais penais. Foram empenhadas 35 viaturas e 1 aeronave.

Prefeito expulso do partido

O PCdoB comunicou a expulsão do prefeito Nelson Lara do partido. Em nota, a comissão estadual do partido disse que espera que o procedimento legal seja adotado e todos sejam punidos no âmbito da Lei.

“Sua conduta de extrema infidelidade partidária – seja nos processos eleitorais, bem como na vida cotidiana do partido – demonstrava seu distanciamento dos princípios históricos do PCdoB, de luta em defesa do povo e cuidado com o bem público. Foi motivo para sequer termos registrado o partido na cidade de Guapé”.

O que diz a defesa dos envolvidos

Na ocasião, o advogado Marcus Vinicius Oliveira, que acompanhou a prisão do prefeito de Guapé, a decisão do pedido de prisão preventiva feita pelo desembargador Jolber Carneiro não está bem fundamentada. Ele informou que não teve acesso aos autos, apenas ao pedido de prisão.

Ainda de acordo com o advogado, o prefeito foi surpreendido com medida de busca e apreensão em sua residência e prisão preventiva. Segundo ele, o prefeito estava tranquilo, seguro e passou voluntariamente a senha e o celular para a polícia. O caso seria assumido por um advogado de Belo Horizonte.

No momento em que era levado à viatura policial, o prefeito falou com jornalistas que estavam no local: “Tudo será esclarecido, tenho certeza”.

O presidente da Câmara de Guapé, Danilo Álvaro da Silva (PCdoB), informou que vai esperar as investigações e o desenrolar da situação para saber mais sobre a prisão. De acordo com Danilo, diante dos fatos, a Câmara Municipal também poderá abrir uma investigação.

Fonte: g1 Sul de Minas
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