Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde, que consideram o período de 2008 a 2021, a taxa de obesidade infantil no Brasil cresceu 70%. Esse aumento exacerbado também se deve ao fato da pandemia da covid-19, que potencializou os fatores de risco.
O estudo mostra que uma em cada dez crianças de até cinco anos está com o peso acima do ideal, 7% com sobrepeso e 3% com obesidade. Essa realidade é resultado de uma série complexa de fatores genéticos e comportamentais que envolvem famílias e escolas.
A obesidade infantil, além de impactar na saúde física, também afeta a saúde mental da criança.
Estilo de vida das famílias tem influência direta no comportamento das crianças
Os principais fatores que desencadeiam a obesidade infantil, estão atrelados ao estilo de vida da família, muitas oferecem alimentos ultraprocessados desde a introdução alimentar. O sedentarismo também tem grande influência, considerando o número de horas que as crianças ficam entretidas com o celular.
Outro comportamento comum nas famílias apontado pela especialista é o desrespeito à saciedade da criança.
Tratamentos
O tratamento da obesidade infantil envolve um acompanhamento multidisciplinar, abordando todos os aspectos que envolvem a saúde da criança. O nutricionista com a reeducação alimentar, orientando quanto a troca de alimentos que vão dar mais saciedade, o psicólogo na questão da saúde mental, tratando de possíveis ansiedades e compulsividade alimentar e um profissional de educação física para estimular o gasto calórico de forma prazerosa. Além desses, a atuação do endocrinologista é fundamental para manter os padrões de normalidade dos exames laboratoriais.