UEMG oferece cursos gratuitos de Direito e Medicina no interior de MG

Maria Eduarda Salles, de 20 anos, saiu de Araçatuba, em São Paulo, para estudar jornalismo na cidade mineira de Frutal, a cerca de 300 quilômetros. Na hora de decidir pelo curso, pesou que a faculdade fosse pública e de qualidade. Ela acabou ingressando na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), que tem ensino gratuito. Além de Belo Horizonte, a instituição está presente em outras 17 cidades em território mineiro, oferecendo cursos que costumam atrair a atenção dos jovens, como Direito, Engenharia, Medicina e Jornalismo.

Muitas unidades ainda são desconhecidas dos futuros acadêmicos e o vestibular 2023 está com inscrições abertas para 4.607 vagas em áreas como Direito, Medicina e Engenharia. Os interessados podem se candidatar até o dia 9 de janeiro.

Mariana Marcatto, assessora da pró-reitoria de Graduação da UEMG, conta que a projeção é que o vestibular deste ano ultrapasse os 20 mil inscritos da última edição. Em 2022, a instituição pôde retomar as ações de divulgação, inclusive com apresentações em escolas e promoções de feiras dos cursos, após o período de maiores restrições pela pandemia da Covid.

Segundo ela, a instituição tem um caráter um pouco diferente por ser multicampi. São 20 unidades espalhadas por Minas com 128 cursos. “Cerca de 90% dos cursos estão nas unidades do interior. Cada unidade tem um perfil ligado às potencialidades da região”, explica.

São muito reconhecidos, por exemplo, os cursos de Medicina de Passos, Agronomia de Ituiutaba e os de Engenharia de João Monlevade. “A própria missão institucional é potencializar o desenvolvimento regional”, diz a assessora da pró-reitoria. Recentemente, foram abertos os cursos de Direito em Cláudio e de Serviço Social em Barbacena.

Cursos do interior tendem a ter menor concorrência

Santiago Garcia, professor e coordenador do curso de jornalismo de Frutal, pondera que na Uemg existem cursos de extrema qualidade que, se compararmos com universidades de grandes centros, têm uma melhor relação de candidato por vaga – proporcionando uma menor concorrência.

Ele também lembra do menor custo de vida para o aluno que decide cursar a faculdade numa cidade do interior. “O deslocamento é menor, você chega em casa mais rápido e não precisa comer na rua. O aluguel é mais barato. É bem evidente”, explica.

A estudante Maria Eduarda diz que se adaptou bem à cidade do interior mineiro, depois de estudar dois anos de forma remota de São Paulo, devido à pandemia. “Aqui em Frutal o pessoal é bem acolhedor. Sempre tem gente para te ajudar”, diz.

O professor Garcia, por ora, avalia que os estudantes de cidades do entorno é que acabam absorvendo as vagas das unidades da Uemg do interior de Minas. “Se já moro na capital e quero fazer um curso que tem na cidade, é a primeira escolha. Mas vocês podem buscar outras opções. Às vezes o estudante quer outro ambiente; relações sociais diferentes. A vida acadêmica no interior tem a mesma qualidade de ensino. O processo seletivo é igual em todas as unidades. Todos os professores são muito bem preparados”, defende.

UEMG tem vestibular inclusivo

A UEMG tem um programa de cotas, que abarca diferentes modalidades. Há um percentual de reserva de vagas para pessoas que estudaram em escolas públicas e residam em território mineiro, para indígenas, quilombolas, ciganos, negros e pessoas com deficiência. “O programa é bem inclusivo”, pontua a assessora da pró-reitoria. As inscrições para o sistema de cotas se encerram nesta segunda-feira (19).

Informações completas sobre datas, documentos necessários para inscrições do Vestibular 2023 e etapas do processo, você pode conferir em vestibular.uemg.br.