O Ministério Público deflagrou nesta terça-feira (10) a 7ª fase da Operação “Trem da Alegria”. Mais 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O órgão ofereceu nova denúncia contra o prefeito afastado de Guapé, Nelson Lara, e de um empresário, pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva e organização criminosa.
Conforme narra a sétima denúncia, o prefeito afastado recebeu vantagem indevida, na forma de 10 terrenos urbanos localizados em um loteamento no município de Guapé, para facilitar a sua aprovação e instalação, totalizando a propina aproximadamente R$ 500 mil.
Segundo o MP, o empresário denunciado integraria a organização criminosa instalada no âmbito do Poder Executivo prestando serviços ligados a fraudes em licitação e crimes de corrupção.
Em continuidade às investigações, o Ministério Público também cumpriu mais 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Belo Horizonte, Contagem, Pimenta e Santo Antônio do Monte para dar sequência às apurações do núcleo empresarial.
A denúncia foi oferecida por intermédio da Procuradoria de Justiça Especializada em Ações de Competência Originária Criminal (PCO), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, núcleo Varginha, e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público (Sudoeste de Minas Gerais).
Ainda de acordo com o MP, participaram da operação 40 policiais militares, 10 policiais civis, 7 promotores de Justiça e 10 servidores do Ministério Público.
O que disse a defesa dos envolvidos
Na ocasião, o advogado Marcus Vinicius Oliveira, que acompanhou a prisão do prefeito de Guapé, disse que a decisão do pedido de prisão preventiva feita pelo desembargador Jolber Carneiro não estava bem fundamentada. Ele informou que não teve acesso aos autos, apenas ao pedido de prisão.
Ainda de acordo com o advogado, o prefeito foi surpreendido com medida de busca e apreensão em sua residência e prisão preventiva. Segundo ele, o prefeito estava tranquilo, seguro e passou voluntariamente a senha e o celular para a polícia. O caso seria assumido por um advogado de Belo Horizonte.
No momento em que era levado à viatura policial, o prefeito falou com jornalistas que estavam no local: “Tudo será esclarecido, tenho certeza”.
O presidente da Câmara de Guapé, Danilo Álvaro da Silva (PCdoB), informou que iria esperar as investigações e o desenrolar da situação para saber mais sobre a prisão. De acordo com Danilo, diante dos fatos, a Câmara Municipal também poderia abrir uma investigação.
Fonte: Jornal Folha Regional
